Depõe as armas, vá, não cedas mais
às vontades alheias que te movem
como um peão perdido nesse jogo
sem regras nem verdades que te vistam
armaduras ou elmos de outras vidas.
Depõe as armas devagar, que o mundo
seguirá o seu rumo entre planetas
submersos na treva que ignora
os sonâmbulos passos do destino
quando à hora do lobo mal escutares
as vozes hibernadas em surdina,
a sua melodia sussurrando
a memória do sangue, o mais antigo
sobressalto do vento no teu rosto.