This poem begins by comparing you
to the constellations,
with their magical names
and precise drawings,
and afterwards
a jeu de mots signals
that without you astronomy
is an unfortunate science.
Two metaphors follow
introducing the theme
of light and of the beloved’s
Petrarchan contrasts,
in the sad safe haven
of imagination.

The second stanza suggests
that the diversity of human beings
is proof of both God’s
and your own existence
as it evokes
one by one
the attributes
that partake in your nature
and in the space that creates
your silence.

A hyperbole, at the end,
declares that I miss you immensely.

© Translated by Ana Hudson, 2011

 

Paráfrase

Este poema começa por te comparar
com as constelações,
com os seus nomes mágicos
e desenhos precisos,
e depois
um jogo de palavras indica
que sem ti a astronomia
é uma ciência infeliz.
Em seguida, duas metáforas
introduzem o tema da luz
e dos contrastes
petrarquistas que existem
na mulher amada,
no refúgio triste da imaginação.

A segunda estrofe sugere
que a diversidade de seres vivos
prova a existência
de Deus
e a tua, ao mesmo tempo
que toma um por um
os atributos
que participam da tua natureza
e do espaço criador
do teu silêncio.

Uma hipérbole, finalmente,
diz que me fazes muita falta.

in Menos por Menos – Poemas Escolhidos, 2011