See the old.
Sore, demented, derelict.
They live for now
the leprosy of us all.
We don’t touch them.
They stink.
They forget.
They grab nothingness.
And we, big-headed,
toast with the wine
they once
sipped,
scorning death
which, as bitter
as our indifference,
we shall
taste.

© Translated by Ana Hudson, 2012

 

Repara nos velhos

Repara nos velhos.
Dementes, doridos, restos de casas.
Vivem agora a lepra
de todos nós.
Não lhes chegamos.
Tresandam.
Esquecem.
Apoderam-se do nada.
E nós, capitosos,
brindamos com o vinho
que também eles
sorveram,
desdenhando a morte
que, amarga como
a nossa indiferença,
haveremos
de provar.

in Napule, 2011