From Lisbon: an unfinished song, revisited, in the distance the Tagus
to M.F.
As in any other labyrinth, these street corners
only make sure that there are no certainties
on the road to the future. But that I knew already
on the other side of the mountains where it’s common
to feel spied on when walking through
the most discreet pine forest.
Lisbon has never been as I had once imagined it.
And nevertheless I come here on the customary
peregrination, having however no idea what I am to pray for.
Indecisions of faith and of its minute leaver
which, inordinately, we call heart.
© Translated by Ana Hudson, 2013
De Lisboa: uma canção inacabada com revisitação e Tejo ao fundo
a M.F.
Como em qualquer labirinto, estas esquinas
apenas garantem que não há certezas
na direcção do futuro. Mas isso já sabia
do outro lado das montanhas, onde é comum
sentirmo-nos espiados ao atravessar
o mais discreto bosque de pinheiros.
Lisboa nunca foi como em tempos a sonhei.
E contudo venho aqui em peregrinação
habitual, sem tão-pouco saber que lhe pedir.
Indecisões da fé e da sua alavanca diminuta,
à qual desmesuradamente chamamos coração.
in TELHADOS DE VIDRO nr. 3, Lisbon: November 2004